Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 56
Filter
1.
Arq. bras. cardiol ; 115(3): 558-568, out. 2020. ilus, tab, graf
Article in English, Portuguese | SES-SP, LILACS, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-1129857

ABSTRACT

Introdução A pandemia global da doença de coronavírus 2019 (COVID-19) causada pelo novo vírus de síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2) começou em Wuhan, China, em dezembro de 2019 e afetou mais de 4,4 milhões de pessoas em todo o mundo, com 302.169 mortes até o dia 16 de maio de 2020.1 Embora os sintomas respiratórios sejam a apresentação mais comum de COVID-19, o envolvimento cardíaco é uma característica proeminente dessa doença, ocorrendo em 20% a 30% dos pacientes hospitalizados e contribuindo para 40% dos óbitos.2-4 O envolvimento cardíaco relacionado à COVID-19 tem sido documentado por elevações em biomarcadores cardíacos e frequentemente apresenta alterações no segmento ST-T no eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações, motivo pelo qual a equipe do laboratório de cateterismo é frequentemente ativada. Além disso, as atividades do laboratório de cateterismo devem continuar no atendimento a pacientes não COVID-19 que apresentam síndrome coronariana aguda (SCA) verdadeira, infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) e doença cardíaca isquêmica estável muito sintomática. Devido à escalada no número de casos de COVID-19 na cidade de São Paulo, epicentro da doença no Brasil, reformularam-se a logística e as práticas no laboratório de cateterismo cardíaco do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, que entraram em vigor em abril de 2020 e continuarão durante o período da pandemia. Os objetivos são fornecer atendimento otimizado à população que necessita de procedimentos cardíacos invasivos durante a pandemia, com a proteção adequada aos profissionais de saúde (PS), pacientes e seus familiares. Os protocolos aqui descritos representam os esforços multidisciplinares e dinâmicos do Departamento de Cardiologia Invasiva do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia validados pelo Comitê de Controle de Infecção da instituição. Essas práticas estão sujeitas a alterações em função do estado epidemiológico local, a fase da epidemia e a disponibilidade de equipamento de proteção individual (EPI). Estes protocolos podem não se aplicar a outras localidades sem casos (ou casos esporádicos) de COVID-19 ou a serviços que atendem diferentes perfis populacionais com logísticas e disponibilidade de EPI diversas.


Subject(s)
Coronavirus Infections , Betacoronavirus , Cardiovascular Diseases , Practice Guideline , Test Taking Skills , Hospital Restructuring
2.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 23(4): 251-255, out.-dez. 2015. tab
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP, SESSP-IDPCPROD, SES-SP | ID: biblio-846602

ABSTRACT

Introdução: O stent MGuard™, revestido por malha polimérica microscópica, tem a finalidade de reduzir a embolização distal de fragmentos durante a intervenção coronária percutânea (ICP) em enxertos de veia safena (EVS). Avaliamos os desfechos clínicos precoces e tardios de pacientes submetidos à ICP de EVS com stents MGuard™ vs. stents farmacológicos (SF). Métodos: Estudo observacional, retrospectivo, realizado em dois centros terciários, envolvendo uma coorte de pacientes com lesões em EVS, tratados de forma eletiva ou de emergência com stents MGuard™ ou SF. Resultados: Foram incluídos 271 pacientes, sendo 220 tratados com SF. O Grupo MGuard™ apresentou maior proporção de mulheres (25,5% vs. 10,5%; p=0,01), com média de idades de 65,0 ± 13,9 anos vs. 69,0 ± 9,6 anos (p = 0,06). O Grupo SF utilizou com maior frequência filtro de proteção distal (5,8% vs. 10,0%; p = 0,001). Sucesso angiográfico foi obtido na maioria dos casos (96,2% vs. 98,0%; p = 0,22). O Grupo MGuard™ teve menores taxas de eventos cardiovasculares adversos maiores (ECAM) na fase hospitalar que o Grupo SF (1,9% vs. 13,6%; p = 0,01) devido exclusivamente à menor incidência de infarto periprocedimento. Entretanto, a taxa de ECAM em 1 ano foi maior no grupo MGuard™ (14,3% vs. 4,4%; p = 0,01) à custa de maior taxa de revascularização da lesão alvo (7,1% vs. 1,3%; p = 0,048). Conclusões: A utilização de stent MGuard™ resultou em redução de eventos na fase hospitalar, porém, no longo prazo, os SF foram superiores em reduzir desfechos maiores, sobretudo a necessidade de revascularização da lesão alvo


Background: The MGuard™ stent, which has a microscopic polymer mesh coating, is intended to reduce the distal embolization of fragments during percutaneous coronary intervention (PCI) in saphenous vein grafts (SVG). This study evaluated the early and late clinical outcomes of patients undergoing PCI in SVG with MGuard™ stents vs. drug­eluting stents (DES). Methods: Observational, retrospective study conducted at two tertiary centers, involving a cohort of patients with SVG lesions submitted to elective or emergency treatment with MGuard™ stents or DES. Results: A total of 271 patients were included, of whom 220 were treated with DES. The MGuard™ group had a higher proportion of women (25.5% vs. 10.5%; p = 0.01), with a mean age of 65.0 ± 13.9 years vs. 69.0 ± 9.6 years (p = 0.06). The DES group more frequently used distal protection filter (5.8% vs. 10.0%; p = 0.001). Angiographic success was attained in most cases (96.2% vs. 98.0%; p = 0.22). The MGuard™ group had lower rates of early major adverse cardiovascular events (MACE) than the DES group (1.9% vs. 13.6%; p = 0.01), due solely to the lower incidence of periprocedural infarction. However, the MACE rate at 1 year was higher in the MGuard™ group (14.3% vs. 4.4%; p = 0.01) at the expense of a higher rate of target lesion revascularization (7.1% vs. 1.3%; p = 0.048). Conclusions: The use of the MGuard™ stent resulted in a reduction of events during hospitalization; however, in the long term the DES were superior in reducing major outcomes, mainly the need for target lesion revascularization


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Saphenous Vein/surgery , Stents , Transplants , Drug-Eluting Stents , Heparin/administration & dosage , Aspirin/administration & dosage , Coronary Artery Bypass/methods , Coronary Angiography/methods , Observational Studies as Topic , Percutaneous Coronary Intervention/methods , Hospitalization
3.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 23(1): 17-21, abr.-jun.2015. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: lil-782170

ABSTRACT

Stents farmacológicos (SF) de segunda geração demonstraram melhor desempenho clínico que os de primeira geração, sobretudo pela redução nas taxas de trombose, mas ainda não está claro se esse benefício se estende a diabéticos da prática diária. Objetivamos comparar o desempenho de pacientes diabéticos não selecionados tratados com SF eluidores de sirolimus (SES; primeira geração) vs. SF eluidoresde everolimus (SEE; segunda geração).Métodos: Entre 2007 e 2014, 798 diabéticos foram tratados com SES (n = 414) ou SEE (n = 384) e incluídosnesta análise. Seguimento clínico tardio foi obtido em 99,4% da população e os grupos foram comparados quanto à ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) e trombose de stent. Resultados: A idade da população foi semelhante, com predomínio do sexo masculino. Em ambas as coortes, a apresentação clínica mais frequente foi a doença coronária estável. Número de vasos tratados (1,50 ± 0,62 vs. 1,52 ± 0,72; p = 0,88) e extensão total de stents (36,1 ± 20,4 mm vs. 37,7 ± 22,2 mm; p = 0,32) foram semelhantes. Os pacientes tratados com SEE apresentaram menores taxas de ECAM (15% vs. 6,8%; p < 0,001), sobretudo à custa de menor mortalidade cardíaca (5,3% vs. 1,3%; p < 0,001). Observou-se também menor ocorrência de trombose de stent definitiva/provável com SF de segunda geração (3,4% vs. 0,5%; p = 0,004).Conclusões: Nesta experiência unicêntrica, o uso de SEE em diabéticos mostrou-se com menor mortalidadecardíaca e trombose da endoprótese. Esse benefício se fez mais evidente no seguimento mais tardio...


Despite the better clinical performance of second-generation drug-eluting stents (DES)when compared to first-generation DES in controlled trials, mainly due to reduction in thrombosis rate, it remains unclear whether this benefit extends to diabetic patients treated in the daily practice. We sought to compare the clinical outcomes of unselected diabetic patients treated with either sirolimus eluting stents - SES (first-generation DES) or everolimus-eluting stents - EES (second-generation DES). Methods: Between January 2007 and October 2014 a total of 798 diabetic patients were treated with SES(n = 414) and EES (n = 384). Long-term clinical follow-up was achieved in 99,4% of the population andthe groups were compared regarding the occurrence of major adverse cardiac events (MACE) and stent thrombosis. Results: In both cohorts age was similar, and most patients were male. Stable coronary disease was the most frequent clinical presentation. The number of treated vessels (1.50 ± 0.62 vs. 1.52 ± 0.72; p = 0.88)and the total stent length (36.1 ± 20.4 vs. 37.7 ± 22.2 mm; p = 0.32) were similar between groups. Patients treated with EES showed lower rates of MACE (15% vs. 6.8%, p < 0.001), mainly due to a lower cardiac death(5.3% vs. 1.3%, p < 0.001). There was also less definitive/ probable thrombosis with the second generation DES (3.4% vs. 0.5%, p = 0.004)...


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Diabetes Mellitus/diagnosis , Diabetes Mellitus/therapy , Sirolimus/administration & dosage , Drug-Eluting Stents , Coronary Thrombosis/physiopathology , Prospective Studies , Risk Factors , Fibrinolytic Agents/administration & dosage , Prostheses and Implants/methods , Percutaneous Coronary Intervention/methods , Treatment Outcome
4.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 21(2): 115-120, abr.-jun. 2013. tab
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: lil-681943

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: A intervenção coronária percutânea (ICP) em pontes de safena ainda representa um desafio à cardiologia intervencionista, pelas complicações agudas e pela escassez de dados referentes à efetividade tardia dos stents farmacológicos (SFs). MÉTODOS: Entre maio de 2002 e janeiro de 2013, pacientes submetidos a ICP com SF no Hospital do Coração foram incluídos no Registro DESIRE. Avaliamos os resultados de pacientes submetidos a ICP em pontes de safena (grupo 1), que foram comparados aos submetidos a ICP em vasos nativos (grupo 2). RESULTADOS: De um total de 4.655 pacientes, 311 foram incluídos no grupo 1 e 4.344, no grupo 2. O grupo 1 contou com pacientes mais idosos (68,4 ± 9,7 anos vs. 64 ± 11,2 anos; P < 0,01), com mais pacientes do sexo masculino (87,1% vs. 76,7%; P < 0,01) e com maior incidência de comorbidades. Angina instável foi a apresentação clínica mais frequente nesse grupo. Pacientes do grupo 1 receberam stents de maior calibre (3,18 ± 1,11 mm vs. 2,86 ± 0,43 mm; P < 0,01) e foram submetidos menos frequentemente a pré-dilatação (36,3% vs. 50,7%; P < 0,01) e a pós-dilatação (38,3% vs. 58,4%; P < 0,01). Apresentaram mais infarto agudo do miocárdio não-fatal na fase hospitalar (11,3% vs. 4,1%; P < 0,01) e mais eventos cardiovasculares adversos maiores na fase tardia (32,8% vs. 13,9%; P < 0,01), à custa de óbito cardíaco (7,7% vs. 3,2%; P = 0,02) e de revascularização da lesão-alvo (9% vs. 4,3%; P < 0,01). Trombose definitiva do stent foi mais frequente no grupo 1 (3,5% vs. 1%; P < 0,01). CONCLUSÕES: A despeito do inquestionável benefício dos SFs nos resultados tardios de ICP em pacientes complexos, o tratamento de pacientes com lesões em pontes de safena ainda permanece um desafio, com resultados agudos e tardios menos favoráveis que os de pacientes com lesões em vasos nativos.


BACKGROUND: Percutaneous coronary intervention (PCI) in saphenous vein grafts remains a challenge for interventional cardiology, due to acute complications and the lack of data on the late efficacy of drug-eluting stents (DESs). METHODS: Between May 2002 and January 2013, patients undergoing PCI with DES at Hospital do Coração were included in the DESIRE Registry. We evaluated the results of patients undergoing PCI in saphenous vein grafts (group 1), who were compared to those undergoing PCI in native vessels (group 2.) RESULTS: Of a total of 4,655 patients, 311 were included in group 1 and 4,344 in group 2. Group 1 included older patients (68.4 ± 9.7 years vs. 64 ± 11.2 years; P < 0.01), more frequently male (87.1% vs. 76.7%; P < 0.01) with a higher incidence of comorbidities. Unstable angina was the most frequent clinical presentation in this group. Group 1 patients received large caliber stents (3.18 ± 1.11 mm vs. 2.86 ± 0.43 mm; P < 0.01) and were less frequently submitted to pre-dilation (36.3% vs. 50.7%; P < 0.01) and post-dilation (38.3% vs. 58.4%; P < 0.01). They had a higher incidence of non-fatal acute myocardial infarction during hospitalization (11.3% vs. 4.1%; P < 0.01) and late major adverse cardiovascular events (32.8% vs. 13.9%; P < 0.01), at the expense of cardiac death (7.7% vs. 3.2%; P = 0.02) and target-lesion revascularization (9% vs. 4.3%; P < 0.01). Definitive stent thrombosis was more frequent in group 1 (3.5% vs. 1%; P< 0.01). CONCLUSIONS: Despite the unquestionable benefit of DESs in the late outcomes of PCI in complex patients, the treatment of patients with saphenous vein graft lesions remains a challenge, with less favorable acute and late results than in patients with native vessel lesions.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Angioplasty/methods , Angioplasty , Coronary Artery Bypass/methods , Coronary Artery Bypass , Drug-Eluting Stents , Saphenous Vein , Risk Factors , Coronary Restenosis/complications
5.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 21(1): 23-29, jan.-mar. 2013. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: lil-674484

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: A embolização de fragmentos de ateroma/trombo durante a intervenção coronária percutânea (ICP) ocasiona distúrbios de perfusão da microcirculação. O novo stent MGuardTM, que é revestido com uma rede de polietileno, demonstrou eficácia na prevenção de complicações embólicas durante a ICP primária. No entanto, a evolução clínica tardia de pacientes tratados com o stent MGuardTM permanece desconhecida. MÉTODOS: Uma série de 65 pacientes portadores de lesões coronárias de novo tratados com o stent MGuardTM foi analisada. Os dados clínicos basais, do procedimento e do seguimento clínico tardio (média de tempo, 2,6 ± 1,4 anos) foram coletados retrospectivamente por meio da revisão de prontuários médicos e/ou contato telefônico direto. RESULTADOS: A média de idade foi de 66,1 ± 13,7 anos, 32,3% eram diabéticos, 49,2% tinham infarto agudo do miocárdio (IAM) prévio, e 44,6% apresentaram-se com síndrome coronária aguda. Dois terços das lesões estavam localizados em pontes de safena, quase metade tinha presença de trombo e a maioria foi classificada como tipo B2/C. O stent MGuardTM foi implantado com sucesso em todos os casos. Ao final do procedimento, fluxo TIMI 3 foi alcançado em 93,4% e o sucesso angiográfico foi de 91,8%. No seguimento tardio, as taxas de eventos adversos incluíram óbito cardiovascular em 6,2%, IAM não-fatal em 9,2%, revascularização da lesão-alvo em 9,2% e trombose de stent definitiva/provável em 1,5%. CONCLUSÕES: O seguimento tardio de pacientes com lesões coronárias complexas tratados com o stent MGuardTM demonstrou baixas taxas de revascularização da lesão-alvo e de trombose do stent.


BACKGROUND: The embolization of atheroma/thrombus fragments during percutaneous coronary intervention (PCI) causes microcirculatory perfusion disturbances. The new MGuardTM, a mesh-based bare-metal stent, demonstrated efficacy in the prevention of embolic complications during primary PCI. However, the late clinical outcome of patients treated with the MGuardTM stent remains unknown. METHODS: A series of 65 patients with de novo coronary lesions treated with MGuardTM stent was analyzed. Baseline clinical data, procedure and late clinical follow-up (mean duration, 2.6 ± 1.4 years) data were collected retrospectively by a review of medical records and/or direct telephone contact. RESULTS: Mean age was 66.1 ± 13.7 years, 32.3% of patients were diabetic, 49.2% had a previous acute myocardial infarction (AMI), and 44.6% presented with acute coronary syndrome. Two thirds of the lesions were located in a saphenous vein graft, almost half of the lesions had thrombus and most were classified as type B2/C. The MGuardTM stent was successfully implanted in all cases. At the end of the procedure, TIMI 3 flow was achieved in 93.4% and angiographic success was 91.8%. In the late clinical follow-up, adverse event rates included cardiac death in 6.2%, non-fatal AMI in 9.2%, target lesion revascularization in 9.2% and definite/probable stent thrombosis in 1.5%. CONCLUSIONS: The late follow-up of patients with complex coronary lesions treated with the MGuardTM stent demonstrated low rates of target lesion revascularization and stent thrombosis.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Angioplasty/methods , Stents , Coronary Thrombosis/physiopathology , Embolism/etiology , Observational Studies as Topic , Heparin/administration & dosage , Platelet Aggregation Inhibitors , Percutaneous Coronary Intervention/methods
6.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 20(4): 355-360, out.-dez. 2012. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: lil-666132

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: Os stents farmacológicos (SFs) modificaram a prática intervencionista contemporânea, permitindo abordar cenários clínicos e angiográficos progressivamente mais complexos. O objetivo deste estudo foi demonstrar as modificações ocorridas nos últimos 10 anos na forma de indicar e de realizar a intervenção coronária percutânea (ICP) em um hospital privado, terciário, do Estado de São Paulo. MÉTODOS: O DESIRE é um registro unicêntrico, prospectivo, com o objetivo de acompanhar os desfechos agudos e tardios de pacientes consecutivos tratados com SFs. RESULTADOS: No período de 2002 a 2011, foram incluídos 4.229 pacientes, com média de idade de 64,3 ± 11,2 anos, 23% eram do sexo feminino e 30,5%, diabéticos. Foram tratadas 6.518 lesões, das quais 61,5% eram do tipo B2/C. Os SFs foram utilizados em proporção crescente, alcançando penetração de 88,4% em 2011. A complexidade das ICPs aumentou, sendo tratada no último ano 1,76 lesão por paciente, com média de 1,89 SF. O escore SYNTAX, no período de 2002-2006, foi de 12,3 ± 4,4, enquanto entre 2007-2011 elevou-se para 15,7 ± 4,7. O seguimento clínico foi obtido em 98,2% dos pacientes, com mediana de 5,2 anos, sendo observada, nesse período, revascularização da lesão-alvo em 5%, infarto do miocárdio em 6,7% e óbito cardiovascular em 4,1% dos pacientes. A trombose do stent ocorreu em 2,4% dos casos. CONCLUSÕES: Nossos resultados demonstram marcante incremento no perfil de complexidade dos pacientes tratados nos últimos 10 anos e, ao mesmo tempo, confirmam a efetividade a longo prazo dos SFs, a despeito dos perfis clínico e angiográfico tratados.


BACKGROUND: Drug-eluting stents (DES) have changed contemporary interventional cardiology practice, enabling the approach of increasingly more complex clinical and angiographic scenarios. The objective of this study was to demonstrate the changes observed in the last 10 years in the indication and practice of percutaneous coronary intervention (PCI) at a tertiary private hospital in the State of São Paulo. METHODS: DESIRE is a single-center prospective registry aiming at following the acute and late outcomes of consecutive patients treated by DES. RESULTS: From 2002 to 2011, 4,299 patients were included, with mean age of 64.3 ± 11.2 years, 23% were female and 30.5 were diabetic. The total number of lesions treated was 6,518 of which 61.5% were type B2/C. During the course of the study, DES were progressively more used, reaching a penetration of 88.4% in 2011. The complexity of PCIs has increased and in the past year 1.76 lesions per patient were treated with an average of 1.89 DES. The SYNTAX score increased from 12.3 ± 4.4 (2002-2006) to 15.7 ± 4.7 (2007-2011). Clinical follow-up was obtained in 98.2% of the patients, with a median of 5.2 years, and during this period target-lesion revascularization rate was 5%, myocardial infarction was 6.7% and cardiovascular death was 4.1%. Stent thrombosis was observed in 2.4% of the cases. CONCLUSIONS: Our results showed a marked increment in the complexity profile of patients treated in the last 10 years and at the same time confirm the long-term effectiveness of DES, despite the clinical and angiographic profile of patients.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Angioplasty/methods , Angioplasty , Coronary Disease/complications , Coronary Disease/diagnosis , Myocardial Revascularization/methods , Myocardial Revascularization , Registries , Drug-Eluting Stents , Risk Factors
7.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 20(1): 35-40, mar. 2012. tab
Article in English, Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: lil-639992

ABSTRACT

Introdução: O escore SYNTAX foi desenvolvido como ferramenta para graduar a complexidade angiográfica da doença arterial coronária em pacientes com acometimento de três vasos e/ou com lesão de tronco. Avaliamos seu papel em predizer desfechos clínicos após intervenção coronária percutânea (ICP) em pacientes não-selecionados, tratados na prática diária de um hospital de referência. Métodos: Análise de pacientes submetidos a ICP entre março e setembro de 2009 e acompanhadospor até 12 meses. Os pacientes foram divididos em tercis de acordo com o escore SYNTAX. O desfecho primáriofoi composto de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) – óbito, infarto agudo do miocárdio não-fatal e revascularização do vaso-alvo. O desempenho do escore SYNTAX em predizer ECAM foi avaliado pela curva ROC (Receiver Operator Characteristic).Resultados: Foram incluídos 234 pacientes com escore SYNTAX médio de 11,6 ± 6,2 pontos. O tercil I apresentouescore SYNTAX < 9 (média de 5,9); o tercil II, > 9 e < 13 (média de 10,8); e o tercil III, > 13 (média de 18,3).No seguimento clínico de 7,2 ± 4,9 meses, a incidência de ECAM foi maior no tercil III em comparação com os tercis I e II (2,5% vs. 6,4% vs. 14,1%; P = 0,0075). A curva ROC mostrou área sob a curva de 0,667 (P = 0,012), indicando moderada capacidade de prever a ocorrência de ECAM nessapopulação. Conclusões: O escore SYNTAX mostrou ser útil em prever a ocorrência de ECAM em pacientes pós-ICP tratados na prática clínica diária.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Angioplasty/methods , Angioplasty , Coronary Disease/complications , Drug-Eluting Stents , Stents , Prognosis
8.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 20(1): 53-57, mar. 2012. tab
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: lil-639995

ABSTRACT

Introdução: Lesões coronárias tipo C representam um cenário angiográfico complexo embora bastante comum na prática clínica diária da intervenção coronária percutânea (ICP). Nossoobjetivo foi apresentar os resultados da prática clínica nacional das ICPs realizadas em pacientes com lesões tipo C. Métodos: Estudo retrospectivo, com informações obtidas a partir dos dados inseridos no registro eletrônico da Central Nacional de Intervenções Cardiovasculares (CENIC) da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), eque agrega informações sobre procedimentos das ICPs reunidosem um banco de dados dedicado, com preenchimento voluntário por médicos associados de várias instituições brasileiras. Resultados: Entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011, foram incluídos 1.693 pacientes com lesões tipo C devidamente cadastrados na CENIC. Predominaram pacientes do sexo masculino (68%), com média de idade de 63 ± 26,3 anos, 40,9% eram diabéticos e 45,4% apresentaram quadros clínicos instáveis. Sucesso do procedimento foi alcançado em 95,6% dos casos, a mortalidade foi de 2,1%, infarto agudo do miocárdio ocorreu em 5% e revascularização da lesão-alvoocorreu em 0,5% dos pacientes na fase hospitalar. Conclusões: As ICPs em lesões tipo C do registro CENIC apresentaram altas taxas de sucesso e baixas taxas de complicação, numaamostra da população relativamente selecionada. A antiga classificação morfológica das lesões, ainda adotada no registro, não estratifica adequadamente os resultados da ICP naera contemporânea. A atualização da ficha de coleta dos dados e medidas que intensifiquem o controle de qualidadedo registro são urgentes e necessárias.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Angioplasty , Coronary Disease/complications , Coronary Disease/mortality , Registries , Stents , Risk Factors
9.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 19(3): 292-297, set. 2011. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: lil-607266

ABSTRACT

Introdução: A expansão radial e a sustentação da parede do vaso pelos stents melhoraram os resultados da angioplastia coronária por balão. Entre as características dos stents mais contemporâneos destacam-se a redução da espessura de suas hastes e plataformas com novos desenhos, mas não está claro se essas modificações podem resultar em próteses de menor força radial e suscetíveis a recolhimento elástico, especialmente em evoluções muito tardias. Este estudo teve como objetivo investigar se ocorre recolhimento elástico tardio em duas gerações de stents farmacológicos (SFs) em avaliação por ultrassom intracoronário (USIC) seriado a longo prazo. Métodos: O estudo avaliou 25 pacientes com lesões coronárias únicas, de novo, tratados com SFs (12 CypherTM e 13 BioMatrixTM) e submetidos a USIC pós-procedimento e 4-6 meses e 4-5 anos após o implante. Foram comparados os volumes dos stents no período compreendido entre o procedimento índice e os reestudos de médio e longo prazos. O recolhimento elástico do stent foi definido como diminuição > 10% do volume índice do stent. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (52%), com média de idade de 58,8 ± 7,6 anos, e 28% eram diabéticos. O volume do stent índice, objetivo primário deste estudo, foi de 7,7 ± 1,5 mm3/mm no pós-procedimento, de 7,7 ± 2,1 mm3/mm aos 4-6 meses, e de 7,8 ± 1,6 mm3/mm aos 4-5 anos, com variação tardia de -0,02 ± 1,6 mm3/mm (P = 0,97). A variação a longo prazo do volume do stent índice foi de 0,13 ± 1,8 mm3/mm (1,7%) para o stent CypherTM e de -0,05 ± 1,3 mm3/mm (-0,6%) para o stent BioMatrixTM (P = 0,78). Conclusões: A avaliação invasiva seriada por meio do USIC mostrou que SFs de aço inoxidável, de diferentes gerações, não demonstraram evidência de recolhimento elástico a longo prazo.


BACKGROUND: Radial expansion and vessel wall scaffolding properties of stainless steel stents have improved the outcomes of coronary balloon angioplasty. Thinner struts and new platform designs are characteristic of more contemporaneous stents, but it is not clear whether these changes may result in devices with less radial strength, susceptible to elastic recoil, especially in the very late follow-up. This study was aimed at assessing late stent recoil in two generations of drug-eluting stents (DES) using serial intravascular ultrasound (IVUS) analysis. METHODS: Twenty-five patients with single de novo coronary lesions, treated with DES (12 CypherTM and 13 BioMatrixTM), were included and serial IVUS analysis was performed after stent implantation and at 4-6-months and 4-5 years of follow-up. Stent volume index was compared between the procedure and the mid and long-term follow-ups. Stent recoil was defined as a decrease > 10% of the stent volume index. RESULTS: Most of the patients were male (52%), with mean age of 58.8 ± 7.6 years, and 28% were diabetic. Stent volume index, the primary objective of this study, was 7.7 ± 1.5 mm³/mm post-procedure, 7.7 ± 2.1 mm³/mm at 4-6 months and 7.8 ± 1.6 mm³/mm at 4-5 years, with a delta of -0.02 ± 1.6 mm³/mm (P = 0.97). The long-term delta stent volume index was 0.13 ± 1.8 mm³/mm (1.7%) for the CypherTM stent and -0.05 ± 1.3 mm³/mm (-0.6%) for the BioMatrixTM stent (P = 0.78). CONCLUSIONS: Serial IVUS analysis showed that stainless steel DES of different generations did not show evidence of long-term elastic recoil.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Angioplasty/methods , Angioplasty , Drug-Eluting Stents , Ultrasonics , Prospective Studies , Risk Factors
10.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 19(3): 244-254, set. 2011. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-607259

ABSTRACT

Introdução: Estudos prévios comparando stents farmacológicos (SFs) e stents não-farmacológicos sugerem eficácia e segurança dos SFs no tratamento de pacientes com infarto agudo do miocárdio (IAM). No entanto, a evolução tardia de pacientes com IAM tratados com SFs na prática diária permanece desconhecida. Este estudo teve como objetivo investigar o seguimento tardio de pacientes com IAM recente tratados com SFs na prática diária do mundo real. Métodos: Entre maio de 2002 e junho de 2009, 3.018 pacientes não-selecionados com indicação de intervenção percutânea eletiva ou de emergência foram consecutivamente tratados com SFs em uma instituição clínica. O seguimento tardio de até sete anos foi realizado em 98%, com mediana de 3,4 anos. Os pacientes foram divididos em dois grupos: pacientes com IAM recente (< 30 dias) e pacientes sem IAM recente. Resultados: Os pacientes com IAM recente tinham menos comorbidades e mais doença multiarterial (68,1% vs. 60,7%; P < 0,001), lesões com trombo (13,6% vs. 1,3%; P < 0,001), fluxo TIMI 0/1 (8,3% vs. 1,1%; P < 0,001) e disfunção moderada/grave do ventrículo esquerdo (23,2% vs. 10,9%; P < 0,001), comparativamente aos pacientes sem IAM recente. O grupo IAM recente recebeu 1,6 ± 0,8 stent/ paciente e mais inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (19,6% vs. 2%; P < 0,001), mas o sucesso angiográfico foi similar nos dois grupos (> 99%). No seguimento tardio, a incidência de óbito cardíaco (6,4% vs. 2,7%; P < 0,001) e de trombose de stent (3,6% vs. 1,3%; P < 0,001) foi significativamente maior no grupo IAM recente. O IAM recente permaneceu como preditor independente de trombose de stent na análise multivariada (RR 2,96, IC 95% 1,62-5,41; P < 0,001). Conclusões: Pacientes com IAM < 30 dias tratados com SFs apresentaram pior prognóstico quando comparados aos pacientes sem IAM recente, incluindo aumento significativo do óbito cardíaco até sete anos de acompanhamento, e ocorrência 2,5 vezes maior das taxas de trombose de stent.


BACKGROUND: Previous studies comparing drug-eluting stents (DES) and bare-metal stents suggest efficacy and safety of the DES in the treatment of patients with myocardial infarction (MI). However, the late evolution of patients with MI treated with DES in the daily practice remains unknown. Our goal was to investigate the late follow-up of patients with MI recently treated with DES in the real world. METHODS: Between May 2002 and June 2009, 3,018 non-selected patients with indication for elective or urgent percutaneous coronary intervention have been consecutively treated with DES in a clinical institution. The 7-year follow-up was performed in 98% of these patients, with a median of 3.4 years. The patients were divided in two groups: patients with recent MI (< 30 days) and patients without recent MI. RESULTS: Patients with recent MI had less co-morbidities, but more multiarterial disease (68.1% vs. 60.7%; P < 0.001), lesions with thrombus (13.6% vs. 1.3%; P < 0.001), TIMI flow 0/1 (8.3% vs. 1.1%; P < 0.001), and moderate/severe LV dysfunction (23.2% vs. 10.9%; P < 0.001) when compared with patients without MI. The recent MI group received 1.6 ± 0.8 stents/patient and more glycoprotein IIb/IIIa inhibitors (19.6% vs. 2%; P < 0.001), but the angiographic success (> 99%) was similar between groups. In the late follow-up, the incidence of cardiac death (6.4% vs. 2.7%; P < 0.001) and stent thrombosis (3.6% vs. 1.3%; P < 0.001) was significantly greater in the recent MI group. Recent MI remained an independent predictor of stent thrombosis in multivariate analysis (HR 2.96, 95% CI 1.62-5.41; P < 0,001). CONCLUSIONS: Patients with MI < 30 days treated with DES had a worse prognosis when compared with patients without recent MI, including a higher incidence of cardiac death and a 2.5 times greater occurrence of stent thrombosis rate up to 7-year follow-up.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Myocardial Infarction/complications , Myocardial Infarction/diagnosis , Myocardial Infarction/mortality , Drug-Eluting Stents , Stents , Angioplasty/methods , Angioplasty , Risk Factors , Thrombosis/complications
11.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 19(2): 122-130, jul. 2011. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: lil-595224

ABSTRACT

Introdução: Embora os stents farmacológicos tenham reduzido acentuadamente a reestenose e a necessidade de novas revascularizações na maioria dos cenários clínicos e angiográficos, o benefício desses dispositivos no tratamento de lesões em enxertos de veia safena (EVS) ainda precisa ser definido. O objetivo deste estudo foi comparar a incidência de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) entre stents farmacológicos e stents não-farmacológicos em lesões em EVS em pacientes não-selecionados. Métodos: Foram incluídos pacientes tratados em dois hospitais terciáriosentre maio de 2006 e janeiro de 2009. O objetivo primário foi comparar a incidência de ECAM entre stents farmacológicos e stents não-farmacológicos durante a hospitalizaçãoe no seguimento a longo prazo. Resultados: No total, foram incluídos, consecutivamente, 308 pacientes, divididos de acordo com o tipo de stent implantado (209 com stents farmacológicos e 99 com stents não-farmacológicos). A média de idade do grupo foi de 68 anos e a dos EVS, de 10,9 anos. Na fase intra-hospitalar, houve tendência para maior incidência de ECAM no grupo que recebeu stents farmacológicos (12% vs. 5,1%; P = 0,06). Até 24 meses, a incidência de ECAM foi equivalente nos dois grupos (17,2% nogrupo stents farmacológicos vs. 18,2% no grupo stents não-farmacológicos; P = 0,87). Trombose do stent definitiva/provável foi semelhante em ambos os grupos (2,3% no grupo stents farmacológicos vs. 2% no grupo stentsnão-farmacológicos; P = 0,94). Conclusões: Nesta série de pacientes complexos do mundo real, não houve preocupação com a segurança a longo prazo relacionada ao uso de stents farmacológicos no tratamento de lesões em EVS, com incidências similares de morte cardíaca/infarto do miocárdio/trombose do stent em ambos os grupos.


Background: Although drug-eluting stents have markedly reduced restenosis and the need for repeat lesion revascularization in the vast majority of clinical and angiographic scenarios, the benefit of these devices for the treatment of saphenous-vein graft (SVG) lesions is yet to be defined. The aim of our study was to compare the rate of major adverse clinical events (MACE) between drug-eluting stentsand bare-metal stents in SVG lesions in non-selected patients. Methods: Patients treated in two tertiary hospitals betweenMay 2006 and January 2009 were included. The primary objective was to compare the incidence of MACE betweendrug-eluting stents and bare-metal stents during hospitalization and in the long-term follow-up. Results: Overall, 308 patients were consecutively enrolled and divided according to the type of stent deployed (209 with drug-eluting stents and 99 with bare-metal stents). Mean age was 68 years and SVG mean age was 10.9 years. In the in-hospital phase there was a trend towards higher MACE in the drug-eluting stents group (12% vs. 5.1%; P = 0.06). The incidence of MACE in up to 24 months was equivalent between groups (17.2%for the drug-eluting stents group vs. 18.2% for the baremetal stents group; P = 0.87). Definite/probable stent thrombosis was similar in both groups (2.3% for the drug-eluting stents group vs. 2% for bare-metal stents group; P = 0.94). Conclusions: In this real world series of complex patients there was no long-term safety concerns related to the use of drug-eluting stents in the treatment of SVG lesions, with similar rates of cardiac death/myocardial infarction/stent thrombosis in both groups.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Drug-Eluting Stents , Stents , Saphenous Vein/surgery , Saphenous Vein/injuries , Myocardial Revascularization/methods , Myocardial Revascularization , Thrombosis/complications
12.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 18(4): 379-386, dez. 2010. tab, ilus, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-582202

ABSTRACT

Introdução: A reestenose intrastent (RIS), resultante da excessiva resposta reparadora neointimal após o implante da prótese, é uma das principais limitações da intervenção coronária percutânea. A despeito da eficácia dos stents farmacológicos (SF) de primeira geração no tratamento da RIS, questões relacionadas à segurança e ao perfil de flexibilidade/navegabilidade dessas próteses estimularam o desenvolvimento de novas gerações de SF. O novo SF Firebird TM (Microport Co. Ltd., Xangai, China) combina uma plataforma de aço inoxidável (316 L) de hastes finas (0,0040 polegada), um potente agente antiproliferativo (sirolimus, na dose de 9 ug/mm2) e um revestimento que inclui três camadas de polímero durável, que controla a liberação do fármaco. Apesar de ser um dos SF mais utilizados na China, pouco se conhece sobre seu desempenho, sobretudo em subgrupos de maior complexidade. Método: Entre fevereiro e dezembro de 2009, pacientes portadores de lesão reestenótica única, de stents não-farmacológicos, foram submetidos a intervenão coronária percutânea com implante de stent Firebird TM. Avaliação com angiografia ultrassom intracoronário (USIC) foi programada para todos os pacientes...


BACKGROUND: In-stent restenosis (ISR), resulting from excessive neointimal hyperplasia, is a major limitation of percutaneous coronary intervention. Despite the efficacy of first generation drug-eluting stents (DES) in the treatment of ISR, issues related to the safety and flexibility/navigability profile have encouraged the development of new generations of DES. The new FirebirdTM DES (Microport Co. Ltd., Shanghai, China) combines a stainless steel platform (L316) of fine struts (0,0040'), a powerful anti-proliferative agent (sirolimus, at a dose of 9 µg/mm²) and a coating that includes three layers of a durable polymer, which controls drug release. Though it is a most used DES in China, little is known about its performance, particularly in subgroups of greater complexity. METHOD: Between February and December 2009, patients with single bare metal stent restenotic lesions, were submitted to percutaneous coronary intervention with FirebirdTM stent implantation. Angiography and intravascular ultrasound (IVUS) were scheduled for all patients at 12 months of follow-up. The primary end-point was late loss and the percentage of in-stent volumetric obstruction at 12 months. RESULTS: Twenty-five patients with mean age of 56.8 ± 7.7 years were included, of which 80% were males and 40% diabetics. The anterior descending artery was the most frequently treated vessel (44%) and most lesions had a diffuse/proliferative pattern (64%). At 12 months, late luminal loss was 0.3 ± 0.24 mm, and no case of binary restenosis was identified. IVUS percent volumetric obstruction was 2.6 ± 1.9%. CONCLUSION: In this single center study, the new FirebirdTM DES showed favorable angiographic and IVUS results for the treatment of bare metal ISR at the one year follow-up.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Angioplasty, Balloon, Coronary/methods , Angioplasty, Balloon, Coronary , Coronary Restenosis/surgery , Sirolimus/administration & dosage , Drug-Eluting Stents/trends , Drug-Eluting Stents , Angiography/methods , Angiography
13.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 18(4): 392-399, dez. 2010. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-582204

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: Estudos recentes incluindo pacientes portadores de doença coronária estável sugerem ausência de benefício clínico da estratégia inicial de intervenção coronária percutânea com stents não-farmacológicos associada a terapia medicamentosa otimizada vs. terapia medicamentosa otimizada isolada. No entanto, o tratamento ideal para pacientes com doença coronária estável no mundo real permanece controverso. Reportamos o impacto dos stents farmacológicos (SF) em pacientes portadores de doença coronária estável tratados na prática clínica diária. Método: Entre maio de 2002 e novembro de 2009, 1814 pacientes portadores de doença coronária estável (angina estável ou isquemia silenciosa) foram prospectivamente incluídos no Registro DESIRE, e o seguimento clínico de até 8 anos (média de 3,9 +- 2 anos) foi realizado em 98 por cento desses pacientes. Resultados: A média das idades era de 64,2 +- 10,8 anos, 28 por cento tinham diabetes melito, 21 por cento tinham infarto do miocárdio prévio e 51,7 por cento, revascularização prévia. A artéria descendente anterior foi o vaso-alvo mais tratado (42 por cento) e, considerando-se o total de lesões (n= 2.701), 66,3 por cento delas eram de elevada complexidade (tipos B2/C). Ao final do procedimento, o sucesso angiográfico...


BACKGROUND: Recent studies in patients with stable coronary artery disease suggest there is no clinical benefit of the initial strategy of percutaneous coronary intervention with bare metal stents associated to optimal medical therapy (OMT) vs OMT alone. However, the best therapeutic option for patients with stable coronary artery disease in the real world remains controversial. We report the impact of drug eluting stents (DES) in patients with stable coronary artery disease treated in the daily clinical practice. METHOD: From May 2002 to November 2009, 1,814 patients with stable coronary artery disease (stable angina or silent ischemia) were prospectively included in the DESIRE Registry and 98% of the patients were followed up to 8 years (mean 3.9 ± 2 years). RESULTS: Mean age was 64.2 ± 10.8 years, 28% had diabetes mellitus, 21% had a prior myocardial infarction and 51.7% had a prior revascularization. Left anterior descending artery was treated in 42% of the patients. When all of the lesions (n = 2,701) were taken into consideration, 66.3% were classified as complex B2/C lesions. Angiographic success was 99%. The cumulative rate of adverse events in the late clinical follow-up was: cardiac death, 3.4%; myocardial infarction, 5.5%; target-lesion revascularization (TLR), 4.8%; and stent thrombosis, 0.8%. CONCLUSION: The use of DES in stable coronary artery disease was associated to excellent late clinical follow-up including a cumulative TLR rate < 5% and stent thrombosis < 1%. When compared to historical data, such findings show a great benefit of DES in this population, suggesting that percutaneous coronary intervention with DES is a safe and effective initial strategy in patients with stable coronary artery disease.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Angioplasty, Balloon, Coronary/methods , Angioplasty, Balloon, Coronary , Coronary Disease/complications , Drug-Eluting Stents , Electrocardiography/methods , Electrocardiography , Risk Factors
14.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 18(3): 281-287, set. 2010. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: lil-566802

ABSTRACT

Introdução: O sangramento associado à intervenção coronária percutânea (ICP) é uma complicação frequente e muitas vezes negligenciada quanto a sua importancia prognóstica. Diversos estudos têm demonstrado o impacto clínico adverso do sangramento, principalmente no aumento da mortalidade a curto e longo prazo. O objetivo deste estudo é avaliar os preditores e o impacto clínico do sangramento em uma grande coorte contemporânea de pacientes submetidos a ICP. Método: Avaliamos 2.892 pacientes consecutivos submetidos a ICP eletiva ou de emergência, entre janeiro de 2008 e junho de 2009, em um centro de referência para a realização do procedimento. Foram comparados os grupos que apresentaram ou não sangramento em relação às variáveis clínicas, angiográficas e relacionadas à intervenção, bem como a evolução clínica intra-hospitalar. Regressão logística múltipla foi realizada com a finalidade de determinar o grau de influência e independência dos fatores preditores de sangramento. Resultados: A incidência de sangramento periprocedimento foi de 1,7 por cento. Considerando-se apenas os pacientes com síndrome coronária aguda (SCA), a incidência...


BACKGROUND: Percutaneous coronary intervention (PCI)related bleeding is a frequent complication whose prognosis is often neglected. Several studies have shown the adverse clinical impact of bleeding, especially increased short and long-term mortality rates. The purpose of this study was to evaluate predictors and clinical impact of this complication in a large cohort of patients undergoing PCI. METHODS: We performed a prospective analysis of 2,892 consecutive patients undergoing elective or urgent PCI from January/2008 to June/2009. Patients with and without bleeding were compared for clinical, angiographic and procedure-related variables as well as in-hospital clinical outcomes. Multiple logistic regression analysis was performed to determine the influence and independence of bleeding predictors. RESULTS: Procedure-related bleeding was identified in 1.7% of the patients. Taking in account only patients with acute coronary syndrome (ACS) the incidence increased to 3.4%. Multivariate analysis identified ACS [odds ratio (OR) 3.96, 95% confidence interval (95% CI) 1.45-11.42], use of glycoprotein IIb/IIa inhibitors (OR 2.55, 95% CI 1.68-3.87), chronic renal failure (OR 2.34, 95% CI 1.11-3.49), Killip IV (OR 2.32, 95% CI 1.54-3.5) and femoral access (OR 1.72, 95% CI 1.19-3.14) as independent predictors of bleeding. Procedure-related bleeding was associated with in-hospital acute renal failure (16.7% vs. 1.6%; P < 0.001) and in-hospital mortality (10.4% vs. 0.7%; P < 0.001). CONCLUSIONS: The present study demonstrates that periprocedural bleeding, more frequently observed in patients with ACS, is a predictor of in-hospital major clinical adverse events, including increased mortality rates.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Angioplasty, Balloon, Coronary/methods , Angioplasty, Balloon, Coronary , Hemorrhage/complications , Hospital Mortality , Drug-Eluting Stents , Stents
15.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 18(3): 288-293, set. 2010. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-566803

ABSTRACT

Introdução: Neste estudo, buscamos avaliar os resultados clínicos de pacientes com lesões coronarias em vasos de fino calibre, numa coorte de pacientes do mundo real submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP) com stents farmacológicos. Método: Entre maio de 2002 e dezembro de 2009, 1.380 pacientes consecutivos do Registro DESIRE (Drug Eluting Stents in the Real World), com 1.683 lesões em vasos de fino calibre (< ou igual 2,5 mm de diâmetro), foram submetidos a ICP, eletiva ou de urgência, com implante de 1.818 stents farmacológicos (Cypher(tm), 89 por cento; Taxus(tm), 7,5 por cento; Xience V(tm)/Promus(tm), 3 por cento; Endeavor(tm), 0,33 por cento; Biomatrix(tm), 0,2 por cento) e incluídos neste estudo. O seguimento clínico de até 7 anos (mediana 2,8 anos) foi completo em 98 por cento, sendo obtido com 1, 6 e 12 meses e, então, anualmente. Tivemos como objetivo determinar as taxas de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) ao longo do período do acompanhamento clínico. Resultados: A média de idade foi de 64,5 + ou - 11,7 anos, com predomínio de pacientes do sexo masculino (76,7 por cento). Diabetes melito foi encontrado em 31,6 por cento dos casos e 9,8 por cento eram portadores de insuficiência renal crônica. A artéria descendente anterior foi o vaso mais frequentemente tratado (43,4 por cento) e dois terço das lesões eram de alta complexidade (B2/C). Sucesso angiográfico do procedimento foi obtido em 98,8 por cento dos casos. A taxa de ECAM foi de 12,8 por cento durante o seguimento,...


BACKGROUND: In this study, we sought to evaluate the clinical outcomes of patients with coronary lesions in small vessels in a cohort of real world patients undergoing percutaneous coronary intervention (PCI) with drug-eluting stents (DES). METHODS: Between May 2002 and December 2009, 1,380 consecutive patients from the DESIRE Registry (Drug Eluting Stents In The Real World), with 1,683 lesions in small vessels (< 2.5 mm in diameter) were consecutively submitted to elective or emergency PCI, with 1,818 DES (CypherTM, 89%; TaxusTM, 7.5%; Xience V TM/PromusTM, 3%; Endeavor, 0.33%; BiomatrixTM, 0.2%) and included in this study. The clinical follow-up of up to 7 years (median, 2.8 years) was completed for 98%, and was obtained at 1, 6, 12 months and then annually. Our objective was to determine the rates of major cardiac events (MACE) during clinical follow-up. RESULTS: Mean age was 64.5 ± 11.7 years, with a prevalence of male patients (76.7%). Diabetes mellitus was observed in 31.6% of the cases and 9.8% had chronic renal failure. Left anterior descending artery was the most frequent vessel treated (43.4%) and two-thirds of the lesions were complex lesions (B2/C). Angiographic success was obtained in 98.8% of the cases. The rate of MACE was 12.8% during follow-up with 4.5% of cardiac death, 4.2% of acute myocardial infarction, 4.5% of repeat target lesion revascularization and 1.5% of stent thrombosis. CONCLUSIONS: In the DESIRE Registry, the use of DES to treat small vessels in non-selected patients was associated with excellent early and late outcomes and low thrombosis rates.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Angioplasty, Balloon, Coronary/methods , Angioplasty, Balloon, Coronary , Coronary Restenosis/complications , Coronary Restenosis/diagnosis , Drug-Eluting Stents
16.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 18(2): 157-164, jun. 2010.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-559921

ABSTRACT

Introdução: Reportamos a incidência e preditores de nova revascularização da lesão-alvo (RLA) numa coorte de pacientes do mundo real tratados com stents farmacológicos (SF). Método: Entre maio de 2002 e fevereiro de 2010, 3.320 pacientes de único centro foram submetidos a intervenção percutânea (ICP), eletiva ou de urgência, com implante de 5.320 SF (Cypher, 83%; Taxus, 9%; Xience V/Promus, 3%; Endeavor, 4%; BioMatrix, 1%). O seguimento clínico de até oito anos (mediana, 3,4 anos) foi completo em 98% do grupo e 129 pacientes (3,88%) foram submetidos a RLA. Resultados: Entre os pacientes com RLA, 33% tinham diabetes, 10% eram portadores de insuficiência renal e 61%, de doença em múltiplos vasos. A artéria descendente anterior foi o vaso mais frequentemente tratado (33%), e 72,3% das lesões eram de alta complexidade (tipo B2/C). Nesse grupo, foram implantados 214 SF em 191 lesões e 45% dos pacientes receberam múltiplos stents. Na análise univariada, os preditores de RLA foram: diabetes melito [razão de risco (RR) 1,88, intervalo de confiança (IC) de 95% 1,08-3,27; P = 0,025), uso do stent Taxus (RR 1,73, IC 95% 1,20-2,50; P = 0,003), lesão ostial (RR 1,82, IC 95% 1,1-2,98; P = 0,018), ponte de safena (RR 2,36; IC 95% 1,55-3,50; p = 0,0001), e lesões reestenóticas (RR 1,95, IC 95% 1,17-3,24; P = 0,009). Após análise multivariada, permaneceram como preditores independentes: diabetes melito, uso do stent Taxus e tratamento de lesões em pontes de safena (RR 1,64, IC 95% 1,14-2,35; P = 0,008). Conclusão: No registro DESIRE, a RLA em pacientes complexos tratados com SF foi baixa, e o diabetes melito, o tratamento de lesões em ponte de safena e o uso de SF Taxus foram os únicos preditores de RLA no acompanhamento clínico de até oito anos.


Background: We report the incidence and predictors of target lesion revascularization (TLR) in a cohort of realworld patients treated with drug eluting stents (DES). Method: From May 2002 to February 2010, 3,320 patients were treated with elective or emergency percutaneous coronaryintervention (PCI) and 5,320 DES (Cypher, 83%; Taxus, 9%; Xience V/Promus, 3%; Endeavor, 4%; BioMatrix, 1%) were implanted in a single center. The clinical follow-up of upto eight years (median time 3.4 years) was concluded in 98% patients of the group and 129 patients (3.88%) weresubmitted to TLR. Results: Of the patients with TLR, 33% had diabetes, 10% had chronic kidney disease and 61% had multivessel disease. The left anterior descending artery was the most frequent target vessel (33%) and 72.3% of the lesions were complex lesions (type B2/C). In this group,214 DES were implanted in 191 lesions and 45% of the patients received multiple stents. In the univariate analysis, TLR predictors were: diabetes mellitus [relative risk (RR) 1.88, 95% confidence interval (CI) 1.08-3.27; P = 0.025], use of Taxus stents (RR 1.73, 95% CI 1.20-2.50; P = 0.003), ostial lesion (RR 1.82, 95% CI 1.1-2.98; P = 0.018), saphenous bypass graft (RR 2.36, 95% CI 1.55-3.50; P = 0.0001), and restenotic lesions (RR 1.95, 95% CI 1.17-3.24; P = 0.009). After the multivariate analysis, the independent predictors were: diabetes mellitus, use of Taxus stents and treatment of lesions in saphenous bypass grafts (RR 1.64, 95% CI, 1.14-2.35; P = 0.008). Conclusion: In the DESIRE registry,TLR in complex patients treated with DES was low and diabetes mellitus, treatment of lesions in saphenous bypass grafts and the use of Taxus stents were the only TLR predictors in the clinical follow-up of up to 8 years.


Subject(s)
Humans , Male , Coronary Restenosis , Drug-Eluting Stents/standards , Angioplasty/methods , Aspirin/administration & dosage , Prospective Studies
17.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 17(4): 484-490, out.-dez. 2009. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-543381

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: Os stents eluidores de everolimus mostraramse seguros e eficazes em estudos randomizados com pacientes selecionados e de baixa complexidade clínica e angiográfica. No entanto, estudos que avaliam seu impacto em pacientes mais complexos da prática clínica corrente são escassos. MÉTODO: No total, foram avaliados, prospectivamente, 193 pacientes tratados apenas com stents eluidores de everolimus. Os únicos critérios de exclusão foram reestenose de outro stent farmacológico, intervenção em enxertos de veia safena, e infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST. O desfecho primário foi a ocorrência de eventos cardíacos adversos maiores, definidos como a combinação de morte de origem cardíaca, infarto do miocárdio e revascularização do vaso-alvo. RESULTADOS: A média das idades foi de 60,6 ± 11,8 anos. Metade da população era do sexo feminino e 36,8% eram portadores de diabetes. Doença multiarterial estava presente em 61,6% dos pacientes. Foi tratada 1,8 ± 0,66 lesão em 1,73 ± 0,9 vaso, com 2,27 ± 0,9 stents por paciente. A maioria das lesões (70,6%) era do tipo B2/C, bifurcações verdadeiras foram tratadas em 37,3% dos casos e calcificação moderada a grave estava presente em 17,4% das lesões. Eventos cardíacos adversos maiores ocorreram em 6,7% dos pacientes ao final de um ano, principalmente à custa de eventos da fase hospitalar. Houve apenas um caso (0,5%) de trombose subaguda provável do stent. Não houve casos de trombose tardia. CONCLUSÕES: A presente análise sugere que o uso de stents eluidores de everolimus é seguro e eficaz em pacientes complexos da prática clínica diária, com baixas taxas de eventos cardíacos adversos maiores até o final do primeiro ano. Seguimento mais longo e com maior número de pacientes é necessário para confirmação desses resultados promissores.


BACKGROUND: Everolimus-eluting stents have proved to be safe and effective in the treatment of low-risk, selected patients, from randomized trials. Nonetheless, studies assessing their impact on more complex real-world patients are rare. METHOD: We prospectively evaluated 193 patients treated with everolimus-eluting stents alone. The only exclusion criteria were: in-stent restenosis of another drug-eluting stent, percutaneous coronary intervention of a saphenous vein graft and acute myocardial infarction with ST segment elevation. The primary endpoint was the incidence of major adverse cardiac events (MACE), defined as the composite of cardiac death, myocardial infarction and target vessel revascularization. RESULTS: Mean age was 60.6 ± 11.8 years. Half of the patients were women and 36.8% were diabetics. Multivessel disease was found in 61.6% of the patients. Patients had 1.8 ± 0.66 lesion treated in 1.73 ± 0.9 vessel, with a mean of 2.27 ± 0.9 stents per patient. The majority (70.6%) of the lesions were type B2/C, true bifurcations were treated in 37.3% of the cases and moderate to severe calcifications were observed in 17.4% of the lesions. The 1-year MACE rate was 6.7%, mainly due to the occurrence of in-hospital events. There was only one (0.5%) case of probable subacute stent thrombosis. No cases of late stent thrombosis were observed. CONCLUSIONS: The present analysis suggests that the use of everolimus eluting stents is safe and effective in the treatment of complex patients from the daily clinical practice, with low major adverse cardiac events rate in the 1-year follow-up. Longer follow-up with a larger number of patients is required to confirm these promising results.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Coronary Disease , Coronary Restenosis , Drug-Eluting Stents , Thrombosis/prevention & control , Treatment Outcome , Follow-Up Studies
18.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 17(3): 308-313, jul.-set. 2009. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-535088

ABSTRACT

INTRODUÇÃO: Vários fatores têm sido relacionados à necessidade de revascularização da lesão-alvo, sejam eles clínicos, angiográficos ou ultrassonográficos. Quanto aos últimos, a área mínima do stent pós-procedimento (AMS) tem sido correlacionada com áreas luminais mínimas intrastent tardias (ALM), em pacientes tratados com stents farmacológicos e não-farmacológicos. OBJETIVO: Avaliar a AMS de pacientes tratados com stents liberadores de zotarolimus EndeavorTM capazes de predizer ALM < 4 mm², aos seis meses de evolução. MÉTODO: Estudo retrospectivo com 47 pacientes e 50 lesões tratados com stents liberadores de zotarolimus, submetidos a ultrassonografia intravascular (USIC) no procedimento índex e no seguimento de seis meses. Correlacionou-se a AMS com a ALM. Por meio da análise de curva ROC, avaliou-se a AMS preditora de ALM < 4 mm² no seguimento de seis meses. RESULTADOS: Observou-se correlação significativa (r² = 0,64; P = 0,001) entre AMS (6 ± 2,1 mm²) e ALM (4,6 ± 2,4 mm²). Houve diferença significativa quanto à AMS dos grupos com ALM < 4 mm² vs. > 4 mm² (4,8 mm² vs. 6,8 mm², respectivamente; P = 0,001). Pela análise da curva ROC, encontrou-se AMS pós-implante > 5,7 mm² como preditora de ALM > 4 mm² aos seis meses [área sob a curva: 0,815; intervalo de confiança (IC) 95%: 0,68-0,95; P < 0,001], com sensibilidade e especificidade de 80%. CONCLUSÃO: Em pacientes tratados com stents EndeavorTM, a AMS > 5,7 mm² esteve associada a ALM > 4 mm² no médio prazo. Tais achados podem auxiliar o implante ótimo desses stents.


BACKGROUND: Several clinical, angiographic and ultrasonographic factors have been associated to stent restenosis and target lesion revascularization. As to intravascular ultrasound (IVUS) findings, the minimal stent area (MSA) has been correlated with minimal lumen areas (MLA) in patients treated with bare metal and drug eluting stents. OBJECTIVES: Evaluate MSA values of patients treated with EndeavorTM zotarolimus eluting stents capable of predicting MLA < 4 mm² after six months of follow-up. METHOD: Retrospective study with 47 patients and 50 lesions treated with zotarolimus eluting stents, submitted to IVUS at index and at the six-month follow-up. The MSA was then correlated to the MLA. ROC curve analysis was used to identify a MSA that could predict a MLA < 4 mm² at six months. RESULTS: There was a significant correlation (r² = 0.64; P = 0.001) between the MSA (6.0 ± 2.1 mm²) and MLA at six months (4.6 ± 2.4 mm²). There was a significant difference for MSA between the groups with MLA < 4 mm² vs. > 4 mm² (4.8 mm² vs. 6.8 mm², respectively; P = 0.001). ROC curve analysis identified a post-implant MSA of > 5.7 mm² as a predictor of MLA > 4 mm² at six months [area under curve: 0.815; 95% confidence interval (95% CI): 0.680.95; P < 0.001], with sensitivity and specificity of 80%. CONCLUSION: In this group of patients treated with EndeavorTM stents, MSA > 5.7 mm² was associated with MLA > 4 mm² at the mid-term follow-up. These findings may help achieve the optimal deployment of these stents.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Middle Aged , Ultrasonics , Sirolimus/therapeutic use , Drug-Eluting Stents
19.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 17(2): 202-208, abr.-jun. 2009. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: lil-527893

ABSTRACT

Mesmo com o advento dos stents farmacológicos, a intervenção coronária percutânea em pontes de veia safena permanece desafiadora, com elevada incidência de complicações agudas e incerteza dos resultados clínicos de pacientes com lesões em pontes de veia safena tratados com stents farmacológicos. Método: Entre maio de 2002 e janeiro de 2009, 151 pacientes com 196 lesões em pontes de veia safena foram consecutivamente submetidos a intervenção coronária percutânea com 211 stents farmacológicos e incluídos neste estudo. Os pacientes foram pré-tratados com enoxaparina, clopidogrel e ácido acetilsalicílico por 3 a 5 dias antes da intervenção coronária percutânea. A terapia antiplaquetária dupla (ácido acetilsalicílico + clopidogrel) foi prescrita por 12 meses. Objetivou-se determinar as taxas de eventos cardíacos adversos maiores (ECAM) no período hospitalar e na fase tardia. Seguimento clínicofoi obtido com 1, 6 e 12 meses e, então, anualmente...


Introduction: Despite the advent of drug-eluting stents, percutaneous coronary interventions in saphenous vein bypass grafts remain a challenge, with a high incidence of early complications and uncertainty regarding late outcomes. This study was aimed at evaluating clinical outcomes of patients with saphenous vein graft lesions treated with drug-eluting stents. Method: From May 2002 to January 2009, a total of 151 patients with 196 saphenous vein graft lesions were consecutively submitted to percutaneous coronary intervention with 211 drug-eluting stents and included in this trial. Patients were pretreated with enoxiparin, clopidogrel and acetylsalicylic acid for 3 to 5 days prior to percutaneous coronary intervention. Dual antiplatelet therapy (acetylsalicylic acid + clopidogrel) was prescribed for 12 months. The objective was to determine the rate of major adverse cardiac events (MACE) during hospitalization and in the long-term. Clinical follow-up was obtained at 1, 6 and 12 months and then, yearly after that...


Subject(s)
Humans , Male , Female , Aged , Stents , Angioplasty, Balloon, Coronary/methods , Angioplasty, Balloon, Coronary , Saphenous Vein/surgery , Aspirin/therapeutic use , Heparin/therapeutic use
20.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 17(1): 31-38, jan.-mar. 2009. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: lil-521581

ABSTRACT

Introdução: Embora os stents farmacológicos (SF) tenham se mostrado superiores aos não-farmacológicos (SNF) em reduzir reestenose, não está ainda totalmente definida a segurança desses instrumentais quando utilizados para tratar lesões mais complexas. Objetivamos determinar os desfechos clínicos bastante tardios de pacientes tratados com SF para indicações off-label. Método: Incluímos nesta análise os pacientes consecutivos tratados apenas com SF, entre maio de 2002 e janeiro de 2008, em uma única instituição. Foram excluídos pacientes que receberam SF e SNF no mesmo procedimento, aqueles tratados em fase aguda do infarto agudo do miocárdio (IAM) e os que apresentavam lesões em pontes de safena. Os pacientes foram divididos em dois grupos, conforme a indicação para uso do stent: grupo on-label, pacientes com lesão única, de novo, em vaso de calibre entre 2,5 mm e 3,5 mm, com lesões que não excedessem 30 mm em extensão no caso do stent CypherTM e 28 mm quando o SF utilizado fosse o TaxusTM; e grupo off-label, que incluiu os demais pacientes. Os desfechos primários avaliados foram: ocorrência de óbito cardíaco, IAM e trombose no longo prazo (> 1 ano). Resultados: A maioria dos pacientes tratados era do grupo off-label [1.702 (78,5%) pacientes de 2.167]. O seguimento clínico completo foi obtido em 98,3% da população. Os pacientes do grupo off-label apresentaram maiores taxas de óbito cardíaco (3,0% vs. 2,6%; P = 0,037), IAM (4,1% vs. 2%; P = 0,005) e trombose do stent (1,9% vs. 0,6%; P = 0,021), porém com taxas equivalentes de nova revascularização da lesão-alvo...


Background: Although superior to bare metal stents (BMS) in reducing restenosis, drug-eluting stents (DES) long-term safety, especially after being deployed to treat complex lesions, has not been completely established. We sought to evaluate very late clinical outcomes of DES in the off-label scenario. Methods: Between May 2002 and January 2008 all consecutive patients treated solely with DES were prospectively enrolled in the single center DESIRE registry. Patients with acute myocardial infarction and saphenous vein grafts were excluded. Patients were divided into two groups, according to their "label" status: on label group, patients with a single de novo lesion located in a native coronary artery of 2.5 to 3.5 mm in diameter and < 28 mm (Taxus®) or < 30 mm (Cypher®) in length. The off-label group included the remaining patients. Our primary objective was to compare the long-term (> 1 year) incidence of cardiac death, non-fatal myocardial infarction (MI) and stent thrombosis (ST) between the 2 groups. Results: Most of the enrolled patients were off-label [1,702 (78.5%) patients of 2,167]. Complete follow-up data were obtained in 98.3% of the cases. Off-label patients presented a higher incidence of cardiac death (3.0% vs. 2.6%; P = 0.037), MI (4.1% vs. 2.0%; P = 0.005) and ST (1.9% vs. 0.6%; P = 0.021). Need for repeat lesion revascularization was similar between groups...


Subject(s)
Humans , Stents , Coronary Thrombosis/diagnosis , Coronary Angiography , Comparative Study , Treatment Outcome
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL